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12/09/2019

Indústria Gráfica busca alternativas diante do mundo digital

Cinque Terre

As pesquisas de mercado apontam um cenário negativo para a indústria gráfica. Um estudo da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) apontou uma retração de 5% ao ano para o setor. As expectativas para o futuro são melhores, graças à esperança da retomada da economia – para se ter uma ideia, só no Sul do país, o setor teve queda de 10% ao ano, de 2014 a 2016. Segundo a pesquisa, além da pressão do dólar e o aumento do custo do papel, isso se deve principalmente à mudança de comportamento do consumidor, que tem aumentado, a cada dia, suas leituras e pesquisas na tela do computador ou no smartphone.

Atualmente, apenas 29% dos gastos de comunicação das empresas está sendo investido em material impresso. A previsão da Abigraf para daqui dois anos é que essa porcentagem caia para 26%. Para sobreviver nesse mercado, a indústria gráfica foi forçada a reduzir os preços em 30% nos últimos dois anos. Um grande exemplo da crise no setor foi a falência da RR Donnelley, gráfica contratada para imprimir as provas do Enem desde 2009 e que atuava no Brasil há mais de 25 anos. Em nota, o grupo disse que, entre os fatores que o levaram a fechar as portas “estão as atuais condições do mercado na indústria gráfica e editorial tradicional, que estão difíceis em toda parte, mas especialmente no Brasil”.

A solução encontrada por algumas empresas da área, porém, passa longe da redução dos preços e queda do faturamento. A aposta de quem mantém crescimento, mesmo em época de crise é a diferenciação. “O mercado quer diferenciação das gráficas e, para isso, elas precisam se reinventar. Seja em produto, em atendimento ou explorando um novo nicho, o que importa é pensar fora da caixa, pois tem muito cliente que valoriza isso”, enfatiza o presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado do Paraná (Sigep), Abilio de Oliveira Santana.

Segundo o presidente do Conselho Diretivo da Abigraf Nacional, Julião Flaves Gaúna, o que o empresário gráfico precisa fazer, além de se reinventar, é se dissociar um pouco do momento político e fazer a sua parte. “É claro que o que acontece no governo tem reflexo nas empresas, mas boa parte do que os empresários constroem vem da sua capacidade de agir, de inovar e, sobretudo, de superar desafios. Ficar só esperando a economia melhorar não vai levar ninguém a lugar nenhum”.

Foi exatamente por isso que a Posigraf, gráfica do Grupo Positivo, inovou não apenas na questão tecnológica ou segmentação, mas apostou na retenção dos clientes e no desenho de um novo departamento, com serviço de inteligência de mercado: o PosiSIM. O serviço teve início em 2011, com um trabalho de geolocalização, para e oferecer um diferencial aos clientes e adicionar valor ao impresso. Para a implantação da área, a Posigraf investiu em software de geomarketing, além do desenvolvimento de duas ferramentas próprias para análise de mídia e auditoria, ambos com geolocalização.

“O processo foi amadurecendo conforme fomos entendendo as necessidades dos nossos clientes. Em 2013, começamos a vender os estudos de geomarketing apenas para nossos clientes, não mais apenas focando para o uso de melhor opção para a entrega do impresso, mas também para auxiliá-los em projetos de expansão. Em 2015, com os sistemas para análise de mídia e auditoria já finalizados, começamos a deixar nossos pacotes de serviço mais robustos – não entregando mais só o impresso ao nosso cliente, mas o auxiliando na decisão da quantidade correta para impressão, onde distribuir para atingir o público desejado, além de auditar a entrega – garantindo a chegada até o cliente final”, conta o diretor-geral da Posigraf, Gilberto Alves.

Segundo ele, os novos serviços trouxeram rentabilidade para os clientes, o que contribuiu para a retenção no período de crise do mercado gráfico. Este ano, o departamento tomou forma, ganhando um espaço de destaque na companhia e passando a assinar como PosiSIM – Sistema de Inteligência de Mercado. “Hoje, além dos mapas, entregamos relatórios que auxiliam na leitura dos dados e dão insights do mercado de atuação para nossos clientes. Este ano, o PosiSIM passou a atender o mercado como um todo, estamos ajudando empresas de diversos segmentos a traçarem seu público alvo e, o principal: os encontrarem e fazerem ações de marketing e expansões com assertividade e sucesso”, afirma Alves. Com novos clientes, o departamento passou de 0,01% de representatividade no faturamento da empresa, em 2018, para 0,23% em 2019.


Fonte: Guia do Gráfico

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